Último post.

Quase três anos de música... Quase três anos de festas, discos e concertos... Quase três anos de opiniões, discussões e divagações... Quase três anos... Obrigada.

2005-2007

Afinal, há Natal.

Pop Dell'Arte, dia de Natal, no Maxime.

Esta é a semana de


Para ler: Público (Y) de hoje
Para ver: Cinemas Cidade do Porto - King - Monumental
Para ouvir: Radar 97.8 FM Sábado, 18h00 - Domingo, 22h00

1001 discos para ouvir antes de morrer # The Jimi Hendrix Experience

Are you Experienced (1967)

Uma aura mágica rodeia a figura de James Marshall Hendrix nos nossos dias. A sua mestria quase sobrenatural com a guitarra eléctrica e a destreza com efeitos como o feedback continuam sem ser superados. A maneira de tocar de Hendrix representou toda uma inovação do uso desse instrumento, numa altura em que músicos como Clapton estavam no auge. A fusão de música psicadélica, blues e funk, as grandes canções que compôs, a sua relevância como músico negro no mundo do rock dominado por brancos e o seu dandismo deixaram de boca aberta a aristocracia do rock dos anos 60.
Não é de estranhar, portanto, que Are You Experienced seja um dos melhores álbuns de estreia de sempre. Na nova versão editada em cd, em 1997, produzida sobe a orientação do engenheiro de som original, Eddie Krames, incluem-se três singles contemporâneos (o cortante clássico ácido Pulple Hazem, Hey Joe e o meigo The Wing Cries Mary), para além de outros na face b. Todos eles são partes constituintes da história do rock, reconhecidos como iniciadores de uma nova era.
O álbum original era todo ele constituído por músicas de qualidade. O frenético Manic Depression eleva as profundidades do desespero, tal como I Don´t Live Today, ambos presságios da trajectória meteórica de Jimi.
O extenso “tour de force” Third Stone From The Sun apresenta todo um festival de vozes distractivas e matizes psicadélicas. Are You Experienced? coloca a conhecida frase hippie sobre um fundo de baterias distorcidas e estalidos lacerante de guitarra. Red House revela a impressionante habilidade de Jimi para tocar blues, e o seu minucioso conhecimento da forma.
in "1001 Discos para ouvir antes de morrer seleccionados e escritos por 90 críticos internacionais de renome"

Lugar Comum

The Cure, 8 de Março, no Pavilhão Atlântico.
Faz precisamente 10 anos que os vi pela primeira vez. Estou lá.

Diferentes sons, diferentes públicos ou o rock contemporâneo estereotipado

Rock n´roll: “é pá, vou ali fazer a próxima tatuagem porque a tatuadora tem umas mamas mesmo grandes” ou eu quero é copos e gajas e quanto mais tatuagens tiver mais importante sou

Psicadélico: “Deus é uma serpente…. Jefferson Air…. Isso… Isto está a bater” ou sou um grande poeta mas só quando tomo drogas

Metal: “isto é que é tocar, ouve, ouve” ou o que não é metal é mesmo mau

Glam: “se houver uma festa se calhar faço isso” ou não sou gay mas posso ser se beber muito e estiver muita gente a olhar

Punk: “é o costume, a culpa é dos gajos que mandam nesta merda” ou sou vítima do sistema mesmo que tenha partido o bar todo

Post-Punk: “gosto de estar com eles de vez em quando mas às vezes exageram” ou eu gosto dos punks mas acho que sou mais inteligente do que eles.

Gótico: “a maquilhagem está bem? Ontem comecei a ler O castelo de Otranto… Está bem, e as calças, ficam-me bem? Isso não é bem preto…” ou a imagem é o mais importante, o resto vem por acréscimo

Grunge: “o Kurt e o Eddie são bons, claro, mas o scott também é muito bom” ou gosto de qualquer gajo que cante com voz de casa de banho

Indie: “amanhã vou partir tudo com as minhas all stars novas” ou betinhos dos arredores das grandes cidades que querem ser radicais

1001 discos para ouvir antes de morrer #Dead Kennedys

Fresh Fruit for Rotting Vegetables
Nao é por acso que o álbum de estreia dos Dead Kennedys foi publicado no mesmo ano em que Ronald Reagan foi eleito presidente dos EUA. A sua atitude contra o populismo de direita macerado por uma reconversão cristã servira de perfeito contraponto, assim como de inspiração, à música politicamente radical da banda.
Gravado nos estúdios Mobius, Fresh Fruit… é um álbum excepcionalmente inteligente e humorístico que satiriza a panorâmica desoladora da época. “Holiday in Cambodia” é um ataque feroz contra os yuppies, enquanto “Kill the Poor” é uma banda sonora abrasiva para Uma Modesta Proposição de Jonathan Swift. Para demonstrar que o seu desprezo não estava apenas reservado à direita, Biafra também atacou o governador democrata Jerry Brown em “Califórnia Uber Alles” (descrevendo-o como um fascista zen). Ainda que uma boa parte do interesse dos Dead Kennedys estivesse radicado nas letras de Biafra, a inteligência e contundência do discurso musical afastou-se da fórmula clássica de três acordes da cena punk. A pesada introdução de “… Cambodia” pressagia o tom escuro da canção, da mesma forma que “California” arranca com toda a pujança.
Os Dead Kennedys perderam a batalha com Kennedy e as suas forças de direita mas, como grito às armas, muito poucos podem bater este disco.

Relíquias #6 DeathRock - Batcave


O Deathrock surge nos Estados Unidos, já nos finais da década de 70, quando os filmes de terror começavam a ter grande influência para alguns membros do movimento punk.

O movimento começa a concentrar-se em várias cidades norte-americanas, especialmente em Los Angeles, com bandas como 45 Grave (1979), Christian Death (1979), Kommunity FK (1981), Gun Club (1981), Voodoo Church(1982) ou Burning Image(1983). Simultaneamente, surgem várias bandas de outras partes da América que só mais tarde são consideradas parte domovimento. A maior parte das bandas de Deathrock foram, pelo menos parcialmente, influenciadas por artistas do Glam Rock, como David Bowie, Alice Cooper, T. Rex, The New York Dolls, assim como por progenitores do Punk, como MC5, the Stooges, Richard Hell & The Voidoids, etc.

Essas primeiras bandas do Deathrock tinham como base o Punk, ocasionalmente o HardCore, mas adoptavam visuais obscuros e temas emprestados da cultura pop. A esse aglomerado de punk e trilhas sonoras de filmes de horror chamou-se deathrock. O novo movimento não foi desde logo identificado como um subgénero do punk, era apenas considerado como um punk ou hardcore mais dark.

Paralelamente, o movimento fazia-se, também, sentir em Londres. “Batcave” era o nome do clube londrino onde se davam os primeiros passos do gótico-rock.

Quando abriu, em 82, Batcave era um clube centrado na new wave e no glam rock. Mais tarde começou a focar-se na nova tendência que emergia: o gótico-rock. O clube funcionava sob a direcção de Ollie Wisdom, o líder dos Specimen, banda da casa.

As bandas que mais lá tocavam (os Alien Sex Fiend e os Sex Gang Children), muito influenciadas pelo Horror existente na cultura pop britânica, começaram a desenvolver um som mais obscuro, separando-as das bandas britânicas de New Wave e Glam...

Se lá estivéssemos estado, ter-nos-íamos com certeza cruzado com Robert Smith, Siouxsie Sioux, Foetus, Marc Almond, Nick Cave e Danielle Dax, alguns dos seus frequentadores assíduos.

O clube foi de tal forma importante para a afirmação do gótico-punk que o seu nome passou a ser usado para descrever o próprio movimento. Batcave é, hoje, o nome dado aos fãs de música gótica com influências post-punk.

Mas continuemos…

No início de 1983, a Cena Batcave, na Inglaterra, adquiriu o rótulo de “Positive Punk”, mas em menos de um ano foi modificado para “Goth” e “Gothic”. No mesmo ano, The Gun Club e Chistian Death começaram um torné pela Europa, o que significou que a Batcave europeia e o DeathRock americano se influenciavam, agora, mutuamente.
Tendo como pano de fundo essa tendência, dois anos depois, em 1985, a banda de deathrock Kommunity FK começou um torné com a banda batcave Alien Sex Fiend. Dessa forma e com o passar do tempo, Death Rock e Batcave começaram a fundir-se, desenvolvendo o Gótico-Rock.

A década de oitenta, repleta de medos e dúvidas, marcou profundamente a segunda geração do Gótico-Rock. As influências pós-punk começaram a diminuir e a serem substituídas por um rock mais sério e orientado. O ritmo do Gótico- Rock abrandava, tornando-se cada vez mais mecânico e com grande disseminação do uso de baterias electrónicas. Também as vozes agressivas do punk e pós-punk começavam a serem substituídas por vozes sombrias e desagregadas.

Durante a terceira geração do Gótico-Rock, em meados da década de 90, a música começou a incorporar vários elementos mais rudes: sons inspirados em fábricas da música Industrial e sons mais electrónicos e repetitivos do EBM e Electro-industrial. Começava-se a perder alguma da introspecção remanescente do romantismo, inerente às primeira e segunda gerações. Alguns clubes góticos alternavam entre o Deathrock e a música electrónica alternativa (EBM, Futurepop, Darkwave, Power noise, etc.) para atrair uma multidão crossover.

Essas mudanças alienaram e desviaram muitos góticos que preferiam os sons energéticos e punkers do Deathrock e do Batcave. O descontentamento crescente com o novo rumo do Gótico-Rock levou muitos góticos a afastarem-se e a regressarem às raízes do Deathrock/Batcave.

Em Portugal sobram muito poucos...

O primeiro álbum de Motornoise acaba de sair.

Depois de muitas curvas e contracurvas, finalmente sai o primeiro álbum de MOTORNOISE.
A tour de apresentação do disco começa dia 30 deste mês, no Porto Rio e segue pela Europa fora.

Dizem eles que "Os Motornoise praticam um punk pesado e descarnado, pontuado pela caótica presença em palco do carismático vocalista Frágil (ex Renegados de Boliqueime e ex Speedtrack), pelos riffs metralhados pela guitarra cerrada de Guerra (também ex Renegados de Boliqueime e Speeedtrack), pelo peso do Baixo em constante overdrive de Oscar (ex Cagalhões, Cães Vadios e Speedtrack), pela eficácia e o virtuosismo da bateria de Gustavo (homem de inúmeros projectos no activo entre os quais Genocide, Stealing Orchestra e Sikhara) e pelas deambulações endiabradas do saxofone de Pupa (também elemento dos Here B Dragons). Num desafio a tímpanos desprevenidos, ensaiam momentos que vão do punk hardcore old school mais ortodoxo ao free jazz mais desconexo." Concordamos.


Para comprar: http://www.invasionrock.com/

Paredes de Coura. Continua...

Dia 12 de Agosto - Devotchka, ...

Dia 13 de Agosto - Mando Diao, Low Budget Research Kitchen, Blasted Mechanism, Sparta, ...

Dia 14 de Agosto - Gogol Bordello, New York Dolls, Architecture in Helsinki, Spoon, Mão Morta...

Dia 15 de Agosto - Sonic Youth, Cansei de Ser Sexy, Sunshine Underground, Electrelane, ...

Novo álbum dos Turbonegro sai a 9 de Julho

Está disponível aqui em wmv o novo video-clipe do Turbonegro, da música "Do You Do You Dig Destruction", faixa de "Retox", novo álbum da banda que será lançado dia 09 de julho.Track List:01 We're Gonna Drop The Atom Bomb02 Welcome To The Garbage Dump03 Hell Toupée04 Stroke The Shaft05 No06 I'm Alpha Male07 Do You Do You Dig Destruction08 I Wanna Come

Young Gods em Julho

Já devem ter nacionalidade portuguesa, com a quantidade de vezes que por cá passaram. Mas a malta não se importa. E se for para apresentar o estrondo de álbum que é o novo "Super Ready / Fragmenté", muito menos. Pois é, os Young Gods vão estar no Porto, a 13 de Julho, para um festival (já se sentia a falta do anúncio de mais um festival, não era?), segundo informação disponível no site do grupo (ver aqui). O calendário da digressão permite ainda pensar noutras eventuais datas por Portugal, mas o melhor é aguardar para ver. (in juramento sem bandeira)

Lembro-me de os ver algumas vezes mas o último concerto deles que assisti, no Hard Club, foi um dos melhores que vi até hoje. Fiquei petrificada duas horas (mais coisas da época ajudaram mas isso não interessa para nada). A não perder.

Pop dell´ Arte, hoje, no Lux


1001 discos para ouvir antes de morrer # The Dictators

Go Girl Crazy!
Em 1975, dois rapazes norte-americanos, Legs McNeil e John Holmstrom, gastaram a maior parte do seu Verão a ouvir o álbum Go Girl Crazy! dos Dictators. Embebedavam-se todas as noites e acabavam aos gritos a cantar cada uma das canções do disco. Não muito tempo depois, estes dois rapazes foram os fundadores da revista Punk, uma das bíblias desse movimento anárquico que eclodiu nos últimos anos da década de setenta.
Tal como os New York Dolls, os The Dictators eram precedentes do punk. Anos antes de se ouvir falar dos Ramones, The Dead Boys e dos Sex Pistols, Dick Manitoba, a “arma secreta” dos The Dictators, já cantava acerca de vomitar comida no McDonalds, beber cerveja e assistir a filmes duvidosos de série B. Go Girl Crazy! foi um dos primeiros discos punk, muito antes de se ouvir falar dessa definição. Mas oferecia muito mais: sons de garage surf e heavy metal – o guitarrista Ross “The Boss” Funichello fundou muito mais tarde os Manowar. Os The Dictators conseguiram inúmeros admiradores, em parte graças ao sentido de humor da banda.
O disco incluía todos os ingredientes para ser um êxito, mas os acontecimentos tomaram um rumo infeliz. Pouco tempo depois do lançamento do álbum a Epic despediu-os: má gerência, digressões mal planificadas e lutas entre os membros da banda não ajudaram.
O álbum não atraiu grande interesse até 1977, momento em que as bandas como os The Ramones tinham já polido a sua própria marca punk. Os The Dictators foram marginalizados. No entanto, Go Girl Crazy! chegou primeiro!
in "1001 Discos para ouvir anes de morrer seleccionados e escritos por 90 críticos internacionais de renome"

Hoje, no Indie

"Do You Believe in Rapture", elegia dos Sonic Youth ao extinto CBGB, e "Filhos do Tédio", documentário de Rodrigo Fernandes e Rita Alcaire sobre os Tédio Boys e o ambiente rock'n'rollesco de Coimbra. Hoje, no São Jorge, pelas 18h45. Repete dia 27 de Abril, em sessão da meia-noite, no cinema Londres. (in Juramento sem bandeira)

Já rasguei a minha


Acho sempre piada a festas punk sem punks. A festa do Lux intitulada Do It Yourself T-shirt, baseada no conceito DIY (faz tu mesmo), é uma delas. Terça-feira, véspera de feriado, alguns dj´s vão passar aquilo a que chamam punk e pós-punk, o mesmo que dizer passar os Sex Pistols e os Ramones mais umas batidas novinhas em folha porque o punk ainda não morreu nem está doente. E tem-se que levar t-shirt a condizer (com o conceito, claro). Mais uma festa de Carnaval, portanto. Vamos todos voltar à moda 77 (porque do punk anterior ninguém sabe) e, se der para convencer umas miúdas, ainda se diz que se foi ver um concerto de Clash a Paris há não sei quantos anos (Zé Pedro dixit). Repita esta frase três vezes e tornar-se-á numa “verdadeira enciclopédia sobre música” (director da SIC Radical sobre o Zé Pedro).
O que já não acho piada mesmo nenhuma é o facto de estes senhores virem para os jornais falarem de coisas sobre as quais não têm conhecimento absolutamente nenhum. E não se calam com o punk. Ai, pois, “eu já fui punk mas agora já sou crescido”. Ou, “quando era miúda tinha a mania que era punk”. E eu pergunto-me, não têm vergonha? Não, já percebemos. Também percebemos que para muitos o punk é uma t-shirt rasgada e um disco dos Sex Pistols a tocar na aparelhagem mais cara do mercado. Perdoemos-lhes, eles não sabem o que dizem.
Desenganem-se aqueles que pensam que não gosto do conceito da festa. Eu até acho piada a festas punks sem punks. Mas não ando por aí a dizer que sou punk ou que já fui e que blá blá blá (ah! Estou à espera do Iggy). Raramente gosto de festas de Carnaval mas esta até é baseada num conceito que estimo. Se calhar até apareço, de dama de honor dos anos 70, para ser original.
Eu sei que é o conceito estético que lá está, que não é preciso ser-se punk para ouvir punk mas uns punks de verdade ficavam lá bem melhor. E o que mais sei é que nenhum deles queria lá estar. Nada feito, portanto.

Mais uma para o Super Bock

Jesus and Mary Chain
4 de Julho

1001 Discos para ouvir antes de morrer #Circle Jerks


Na cena punk de Los Angeles do início dos anos 80, ninguém tinha conjugado a política e a diversão como os Circle Jerks no seu clássico álbum de estreia Group Sex. O grupo formou-se em 1980, quando o vocalista original dos Black Flag, Keith Morris, abandonou a formação do grupo para iniciar o seu próprio projecto com o guitarrista fundador dos Redd Kross, Greg Hetson, o baixista Roger Rogerson e o baterista Lucky Lehrer. O quarteto rapidamente ganhou reputação de devorador selvagem de cerveja, o que ajudou a definir a cena do punk festivo da época.
Para além da sua brevidade 14 canções em apenas 15 minutos – Group Sex é um documento desnudado, perspicaz e centrado no tema da frustração adolescente que se mantém em Damaged Black Flag. A forma presunçosa de recitar de Morris e as alterações de ritmo de Hetson e Leher presentes em canções sobre alienação, sexo e drogas, fazem deste disco uma peça obrigatória para qualquer punk-rock que se preze, um disco que despertou o interesse do lendário DJ Britânico John Peel.
Nos últimos anos, Hetson uniu-se ao grupo Bad Religion. Os membros restantes flutuaram pela música, chegando mesmo a gravar com a cantora pop0 Debbie Gibson. Ainda assim, sem dúvida, Group Sex foi grandemente influente junto de bandas californianas de punk hedonista.

in "1001 Discos para ouvir anes de morrer
seleccionados e escritos por 90 críticos internacionais de renome"

Led Zeppelin poderão reunir-se

Os britânicos Led Zeppelin poderão tornar-se a mais recente banda a reunir-se após um longo hiato.
Segundo uma estação de rádio de Toronto, Canadá, o baixista John Paul Jones tem conversado com o guitarrista Jimmy Page e com o vocalista Robert Plant sobre a possibilidade de o grupo se juntar para alguns concertos.
A banda separou-se em 1980 após a morte do baterista John Bonham. Desde então, o grupo reuniu-se em 1985, 1988 e 1995 para eventos especiais, como o Live Aid. (in disco digital)

Xeque-Mate, 28 anos depois o reencontro


Fevereiro 03 Sábado 22h

X E Q U E - M A T E

EM NOME DO PAI DO FILHO E DO R O C K ' N ' R O L L

X E Q U E - M A T E

The Horrors

Dizem que fazem punk, garage e surf music. Esta talvez não seja a melhor descrição para uma banda que mistura tantos géneros. É que também podem ser rock ou outra coisa qualquer. São bons. E a música deles também dá para dançar, melhor ainda! O álbum de estreia, Strange House, sai dia 5 de Março.
Por enquanto, satisfaçamo-nos com o myspace. www.myspace.com/thehorrors
Post dedicado ao meu caro Luis Baunilha que me acaba de dar a conhecer esta agradável surpresa.

Relíquias #5 Guitar Wolf

Os japoneses Guitar Wolf tocam rápido e sujo punk rock. Do trio – formado nos inícios dos anos 80 – fazia parte o guitarrista Seiji, o baixista Billy e o baterista Toru. Apesar dos dois primeiros álbuns só terem saído no Japão, a crescente importação dos discos para os E.U.A e a publicidade, feita boca-a-boca, sobre os seus incendiários concertos, asseguraram um contrato discográfico para os dois álbuns subsequentes, Wolf Rock e Kung Fu Ramone. E, uma performance numa loja em Nova Iorque bastou para que lhe oferecessem um contrato discográfico; 1996´s Missile Me! foi a primeira gravação feita para a prestigiada editora Matador. Em 2003, mudaram para a Narnak. Em 2004 lançam Rock ´n´Roll Etiquete. Depois de uma tour por todos os E.U.A em 2005, o trio regressa ao Japão. Em Março do mesmo ano, Billy sofre um ataque cardíaco e deixa os fãs aos 38 anos (baseado no allmusicbiography). A banda continua a tocar com Ug no baixo e a gravar pela sony. E já há disco para este ano. Aguardo.

Maxime reabre Sábado

Depois de encerrado a 18 de Agosto do ano passado pela autarquia Lisboeta, o Maxime reabre este sábado, dia 27 de Janeiro.

O director da casa de espectáculos, Bo Backstrom, afirmou à Lusa que o funcionamento do espaço «vai ter de ser diferente por causa das limitações ao barulho».
«Às quintas, sextas e sábados, mantemos os concertos, mas vão ser mais acústicos, vamos ter o máximo cuidado», afirmou, acrescentando, que o Maxime irá passar a fechar às quatro da manhã e em algumas noites abrirá mais cedo.

Já morei mesmo ao lado e nunca passei por lá. Vai ser desta.

Pop Dell´Arte, sábado, nos Maus Hábitos

Em 1985, Rui Veloso deu 0 pontos aos Pop Dell ´Arte em todos os critérios de avaliação do Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous. Quem quiser, pode vingar-se no jogo que há no site da banda www.popdellarte.net. Eu joguei.

Relíquias #4 The Fall

Das bandas punk e pós-punk do fim dos anos 70, nenhuma teve uma vida tão longa e se proliferou mais. Apesar de terem sofrido várias mudanças ao longo dos tempos, a figura central dos Fall sempre foi o vocalista Mark E. Smith que, com a sua voz quase incompreensível e com o seu cinismo adstringente, se torna uma lenda do indie e do rock alternativos. A base do som dos Fall sempre foi quase cacofónica, caracterizando-se pela mistura de recortes de som intensos na guitarra, do cantar-falar de Mark Smith e pela presença dos teclados.
Nascidos na época alta de Manchester, os Fall (nome tirado de um livro de Camus), lançam o seu primeiro álbum “Live At The Witch Trials” em 1979, seguem-se “Dragnet”, “Total´s Turns” e “Grotesque”.
Apesar de continuarem a lançar discos, os inícios dos anos 80 foram tempos de uma certa atonia para os Fall, mas, a partir de 84, com a entrada da mulher de Smith (Brix) para a guitarra, a banda tomou um rumo mais pop o que facilitou a comercialização da música. Em 85, sai “This Nation Saving Grace” que leva os Fall até alguns tops ingleses. Mas, apesar das mudanças, a música deles sempre foi demasiado abrasiva e densa para o “mainstream”. Ou, como costuma dizer o Zé-Ninguém, “o gajo não morreu como o Curtis, senão eram uns Joy Division”. Também me parece.
Apesar de tudo, os Fall sempre foram e são uma banda de culto. Continuam a lançar discos, a ter fãs em todo o mundo e a servir de inspiração para as novas gerações de bandas underground.
(baseado no allmusic-biography)

Post dedicado ao caro Lugones

Não vou.


Porque quero que o mito continue

Porque me arrependo sempre de ver bandas mortas (como os pixies, por exemplo)

Porque não há Doors sem Jim

Porque já basta o Lost in Translation para ver Karaokes deprimentes

Já abriu!

Centro Comercial Cedofeita
Rua de Cedofeita
Loja nº 2
Porto

E agora levanto o pano!

O novo projecto de que vos falava era este...


Eu e o Frágil vamos abrir uma loja de música no Centro Comercial Cedofeita: A INVASION ROCK. Apesar de a loja ser especializada em metal e vinil, poderão encontrar lá rock, gótico, punk, entre outros.
Dar-vos-ei mais pormenores quando a loja abrir, o que acontecerá, em princípio, no final da próxima semana.

Até lá, desejem-me sorte!

Dead Singer, quinta-feira, na Fábrica do Som

Aos meus caros leitores, peço desculpa pela falta de conteúdos no blog mas novos projectos se avizinham e o tempo urge!
Entretanto, vou deixando flyers de concertos que vou indo ou que iria se fosse possível.
Eis o próximo:

FDS

Hoje e amanhã
Okinawa Mad Dolls
(Margarida vs Xiri dj set)
Real Feytoria (Rua Infante D. Henrique - Porto)
a partir da 1h

Sábado

Porto Rio
23h

Evil Heat
(Cristiano vs Henry dj set)
Galeria (Rua das Flores, 138 - Porto)
a paritr das 24h

1969


Guilherme Lucas (Dead Singer)
convidado dos The Jills
na versão 1969 de The Stooges

Parkinsons regressam ao activo

Os Parkinsons estão de volta. Depois de convidados para o espectáculo de comemoração do 10º aniversário do Dirty Water Club (Londres), decidiram fazer uma mini-digressão em Portugal e Espanha.

Já têm três datas confirmadas:
30 Novembro na Galeria Zé dos Bois (Lisboa)
1 Dezembro (em Castelo Branco)
2 Dezembro no Porto-Rio(Porto)

Provedor do leitor

Comentário do guitarrista de Speedtrack, Óscar, ao “post” “Pintado de fresco”, de Sexta-feira, 10 de Novembro de 2006
"Sim senhor, parabéns, é muito salutar de repente um esboço de video-clip (duma música gravada em 2000) fazer reviver febres súbitas por bandas de que até à pouco não conhecia patavina, que nunca se viu, que se tem informações erradas...enfim o jornalismo romântico e democrático dos blogs tal nos permite. Mas até aí, menos mal.E por falar em desinformação - "Em 2002, Frágil cria os Speedtrack, banda rock que dura 4 anos." Ao contrário do indicado neste e noutro(s) blog(s) e no myspace de certa banda virtual, os Speedtrack foram mais ou menos oficialmente criado com entrada do Xico como 3.º elemento em 1999 (99-2002 - que grande hiato! 2002+4=2006 - devem ter acabado há pouco, mais um bocadinho e ainda acababam no próximo Dezembro). E a sua origem...se a memória hedonista não me atraiçoa foi algures pelo S.João de 1998 num saudoso bar chamado Comix (salvé Rodas) numa conversa entre mim (Oscar)e o Frágil. É estranho que o criador dos Speedtrack não tenha conseguido criar sem co-autoria música alguma da banda, mas se calhar a palavra criação tem muitos significados, dependendo do artista. A nível de criação, não "da" criação, o Ricardo (elemento mais tardio, mas fundamental) poderá assumir comigo uns 90% das coisas que dali saíram.Mas o que fez escrever isto é a unilateralidade dum acto como a criação espontânea dum espaço no myspace em nome duma banda, que, podendo funcionar bem ou mal, sempre foi democrática. Onde estavamos quando o Xico se esforçava para aprender a manejar os instrumentos informáticos que lhe permitiriam edificar o site dos Speedtrack - pois é, se calhar a banda ainda nem existia, pois foi antes de 2002. Nessa altura eram pedidas opiniões às pessoas, pois é, nessa altura a banda não era virtual como agora.É engraçado dizer-se que as bandas "só tocam quando e durante o tempo que simplesmente lhes apetece" - não posso concordar mais, é que nem todos têm dinheiro a perder se acabarem (como os Rolling Stones), ou seja devem acabar quando o nível de satisfação pessoal não justifica o esforço dispendido. Porque ter uma banda acarreta gastos de tempo e dinheiro; obriga o investimento em material, em ensaios, deslocações; implica uma gestão de egos (nem sempre fácil, sobretudo quando as pessoas são bastante diferentes umas dasoutras). Não foi certamente a senhorita que andou a acartar o pesado back-line dos Speedtrack durante a sua existência. Uma banda é um trabalho de equipa e quando a equipa não funciona...Os tais motivos "que nem vale a pena referir"- cada elemento da banda terá os seus. Eu tenho os meus para ter tido iniciativa de sair, o Frágil terá tido os dele para quando instado pelos outros elementos não ter querido continuar, e assim sucessivamente. Como diz o amigo Ferro (esse sim, uma das pessoas que nos acompanhou dum modo não virtual - e foi para nós e para essas pessoas que existimos enquanto existimos): -"Acabaram por alguns motivos, da mesma forma que começaram". "

Resposta ao comentário acima transcrito

Antes de mais, agradeço o seu contributo no meu blog. Fico bastante satisfeita por lhe dar importância. É sempre bom saber que tenho leitores atentos aos meus posts.

Primeiramente, não tive nenhuma febre súbita (ainda bem, que isto das gripes anda complicado). Conheço Speedtrack há já alguns anos e sempre fui fã. Eu compreendo que não conheça todas as pessoas que iam aos seus concertos. Compreendo, em primeiro lugar, porque num dos concertos que fui o Óscar não tocou e, em segundo lugar, porque o ego muitas vezes embriaga-nos de tal forma que não conseguimos reparar nas pessoas que estão à nossa volta.

Em segundo lugar, devia saber que o que se pratica na maior parte dos blogs não é jornalismo. Mas não entremos em esclarecimentos teóricos que, para isso, já me basta a faculdade. Para além disso, é curioso descrever a forma como escrevo de “romântico(a) e democrático(a)”, nunca nenhuma pessoa dos meios de comunicação para os quais escrevi me tinha dito tal.

Em relação à minha gralha temporal, agradeço a chamada de atenção. Efectivamente, não tinha reparado nela. Rectificá-la-ei logo que possível. E, falemos só de nós porque nunca se sabe, na íntegra, o que é que as outras pessoas pensam… Mais, o texto a que se refere diz respeito, exclusivamente, ao percurso artístico do vocalista e não da banda da qual já fez parte, logo, seria despropositado descrever exaustivamente o percurso dessa banda.

Quanto às peripécias da criação da banda e da vossa convivência, não me cabe ter conhecimento delas. Na verdade, não me parece que tenha qualquer relevância se foi num bar ou em frente ao rio ou, ainda, se foi no S. João ou no S. António.

Relativamente à criação do “myspace” dos speedtrack, fi-lo com mais alguns fãs que se juntaram para manter viva a memória de uma banda que gostamos. Não lhe pedi opinião acerca dele porque, como a banda não tinha criado ainda, pensei que não se tratava de um acontecimento importante. No entanto, teremos todo o gosto que membros da banda participem activamente na sua construção. O mesmo se passa em relação ao vídeo, enviaram-mo via e-mail. Como já era público (no “You Tube”), tomei a liberdade de o publicitar.

Efectivamente, não fui eu que andei a “acartar o pesado back-line dos Speedtrack durante a sua existência”, e, por favor, não me deseje tão má sorte!

Em relação ao desfecho da banda, encaro-o, juntamente com os outros fãs, como uma perda. Quanto aos motivos, e, mais uma vez, não considero relevante referi-los.

Por último, se não dá qualquer relevância ao “modo virtual”, por que é que se deu ao trabalho de escrever tão extensamente num blog?

Relíquias #3 The Germs

“Living fast and dying young” é um dos maiores clichés do rock mas não há frase que melhor descreva as razões para a morte dos Germs, banda arruinada pelo seu perversamente carismático vocalista Paul Beahm, inicialmente mais conhecido por Bobby Pyn e mais tarde por Darby Crash (nome com o qual ficou mais conhecido), que morre com 22 anos "ao estilo Sid Vicious”.

Crash combinava influências tão diversas como a música dos Sex Pistols (e do punk inglês em geral), a cena do CBGB´s, e a teatralidade de Bowie, Iggy e Lou Reed. Era o perfeito “frontman”. No palco, acompanhado pelo guitarrista Pat Smear (mais tarde dos Nirvana e Foo Fighters), pela baixista Lorna Doom, e pelo baterista Don Bolles, Crash adornava-se com qualquer coisa que o público lhe mandasse, despindo-se à medida que a banda expelia espasmos de simples mas atilado punk rock.

Esta loucura nunca foi registada por uma editora (como é que é possível?). A carreira dos Germs é baseada numa só edição, produzida pelo fã Joan Jett, que foi gravada durante a curta vida de Crash. "GI" é uma excelente amostra dos primórdios do punk rock de L.A mais letrado, e compila o que de melhor tem sido feito pelos poucos intelectuais daquele local.

Em 1980, Crash enche as veias de heroína e os Germs acabam.

O vocalista vai para Inglaterra e, quando volta a L.A, começa uma carreira a solo. O valioso trabalho que gravou neste período é raro, mas, felizmente, a maior parte dos seus concertos podem ser ouvidos na derradeira gravação dos Germs “Germs (MIA) The Complete Anthology”.
(baseado no allmusic - biography)

Ao que parece, vão fazer uma tour este ano com um novo vocalista. Espero que não seja mais um daqueles casos em que só voltam para estragar o que já foi feito.

Blogue D.flagra no Papel

D.Flagra, "Almanaque satírico, Poesia Crítica e Política diletante", editou, em formato zine A5 e com papel reciclado fotocopiado, os Posts. do ano 2005/2006.

A fanzine encontra-se à venda na Urban Tribes: C. Comercial de Cedofeita, lj. 56D

I got the no pussy blues ou Nick Cave pós-Bad Seeds 

"Foul-mouthed, noisy, hairy, and damn well old enough to know better, Grinderman are Nick Cave, Warren Ellis, Martyn Casey and Jim Sclavunos." (in myspace.com/grinderman)
São os Grinderman, a nova banda de Cave e de alguns dos seus habituais Bad Seeds. A ausência mais notável é a de Mick Harvey, com quem Cave já colabora há mais de 30 anos, desde a formação dos Boys Next Door (ou da banda que esteve na origem destes), no início dos anos 70.
O álbum de estreia sai em Março do próximo ano.

SPEEDTRACK

Detesto quando as bandas acabam tarde demais mas o que me irrita mesmo são as bandas hedonísticas. Só tocam quando e durante o tempo que simplesmente lhes apetece. Esta é um exemplo duplamente irritante, primeiro porque acabou demasiado cedo, depois por motivos que nem sequer vale a pena referir.

Contentemo-nos com o que ficou…

"EU SOU AQUELE" - 2:43m (MP3)
"APOSTO CONTIGO" - 3:28m (MP3)
"HÁ QUE VIOLENTAR O SISTEMA" - 5:08 (MP3)

Mediatic Slaves no Porto Rio


O concerto não foi bom. Também não foi mau. Mais ou menos, mais ou menos? Talvez menos.
Os Mediatic Slaves começaram com uma postura de superioridade perante o público e só a deixaram quase no fim, quando repararam que ele responde, quase sempre, aos apelos da banda. É verdade que a sala estava quase vazia, que o público não estava eufórico para os ver mas estava lá, tinha pago um bilhete, e, por isso, merecia mais apreço. Merecia que lhe falasse em português (mas por que carga d´água é que uma vocalista portuguesa fala em inglês em Portugal?), que o respeitasse como espectador de concerto e que não estivesse constantemente a insinuar que, porque não estava esfuziante por os verem, pareciam meninos do coro da igreja. Ora, de uma banda que incorpora membros que já pertencem a outras com uma certa (bastante?) projecção, que já tocaram em outras salas europeias e algumas americanas, esperava-se uma atitude mais madura.
Pretensiosíssimos à parte, gostei bastante da música - muito do mérito reservado à vocalista. A trilogia electro – punk – Siouxsie And The Banshees tem garra e, apesar de não surpreender, funciona.